CIF, devidamente, é um grupo de artistas que ao longo de 2019 se reunia para tomar vinho, comer azeitonas, ouvir Herb Alpert e criar obras com o material que estivesse à mão. Não se caracterizando como um coletivo, o grupo é um encontro de artistas onde cada um mantém carreira e vocabulário visual e estilístico próprio. Foram diversos encontros, em variadas configurações, às vezes eram os seis artistas, às vezes apenas três, outras vezes, artistas convidados integravam o grupo. Desenvolvendo obras que vão do óleo sobre tela a esculturas em argilas, ou desenhos em papel, ou mesmo em guardanapos de papel, cada noitada era dirigida pelos materiais disponíveis. O resultado são trabalhos não autorais, executados cada um por todos os cif ao mesmo tempo, a seis mãos ou mesmo 14 mãos, mas sem conceder a atenção dos acabamentos e soluções plásticas. Hoje, em 2021, embora temporalmente tão próximo, a experiência do grupo cif exprimia em 2019, com antecedência, a nova visualidade que despontava na época nas artes plásticas brasileiras, mais solta e livre de conceitos, mas extremamente atenta a fatura e resoluções dos temas que hoje parece estar tão presente no meio.